segunda-feira, 1 de junho de 2009

Alucinações

  Numa noite fria
de um lugar noturno,
sobre o imenso frio
gélido,branco,impuro.
Cansado pende a mão,
e é todo, e é inteiro.
Sobe em contramão
caíndo, louco em vão,
cantando as desgraças.
Sou parte, fração,
canto descabido.
Sou trave,porta,portão.
Nunca vou, sou chão,
sou base,sou casa, casarão!
Meio a contragosto
Deus observa-me do alto
e cria comentários maldosos.
Triste é o fim da morte,
uma abstração simplória,
como uma puta banalizada
remoendo seu destino
impróprio, pátrio e defectível.

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