quarta-feira, 3 de junho de 2009


Todos os textos deste blog ( www.papeisk.blogspot.com)
são da autoria de Kleyson Matos, administrador do blog.

Diga não a pirataria!
Diga não ao plágio!


Paixonites da gramática N°1

No início era o verbo,
e o verbo fez-se carne,
e a carne era de primeira.
As desinências observaram,
uma Desinência especial
apaixonou-se pelo verbo,
e pela carne que foi criada.
O verbo e sua carne
também já olhavam 
para a desinência.
Eles encontraram-se,
conjugaram-se
e tiveram milhões
de empregos e 
verbinhos.

E viveram felizes para sempre....

Até uma conjugação do Verbo no adultério mais-que-perfeito
deixando a Desinência no futuro do passado.

Anúncio de jornal n° 1

José Pé-de-chinelo  procura:
Mulher sincera, bonita,fogosa
e que goste de trabalhar bem.
De mais ou menos 1,65 m
que cozinhe, dance xaxado,
goste de namorar, seja amiga
e amante, estude, dirija e seja
uma pessoa não fumante.

Interessadas:
Passem na Rua Dom nada
N° 100  Bairro: Miséria de todo gosto
Cidade: Indigentenopólis do bom sucesso.


A Caixa aberta

No entardecer do dia
o sol despede-se e vai em vão,
mas tuas mãos porque se foram?
Teus cabelos já tão grisalhos
a tua vida tão alegre e frágil.

Dentro da noite rápida
em que tudo é farsa e escuro,
do calor intenso e mórbido,
do frio espesso e inseguro,
tua vida saiu desesperada.

Meu choro não serviu de alento,
tudo constante, este momento
esperando você no cais,
mas apenas as ondas vinham
beijarem meus pés molhados.

A vela apagou cedo demais!
O tempo é muito gigante
e eu pobre infante, ou não?
O vento não veio cantando,
a lua não se vai amando.

A chuva agora chora
assim como eu, aqui a beira-mar,
tudo parece vago e monótono,
sem sol, está tão amargo
encarar a dor que insiste em ser.

terça-feira, 2 de junho de 2009

QUANDOAMORSEVAI (tudo junto mesmo)

Quando o Sol desaparecia no horizonte,
a Lua sorrateiramente apresentava-se
e todo o ar parecia ser feito de flores,
vi ao longe você caminhado em minha direção.

Chegando você olhou-me e disse:
Quero amar alguém perdidamente.
Nesse momento não pensei muito
e aceitei, o pedido e o olhar.

Aquela loucura não durou uma noite,
o amor veio, a esperança veio e
todos os outros bons sentimentos
que unem seres eternamente.

A tarde olhávamos para os pássaros,
quando noite brincávamos com estrelas.
Percebemos com esses momentos,
que o eterno  não fazia-se eternamente.

Sentimento de perda foi o que restou,
até os pássaros não cantam mais.
Meu amor foi tristemente,
por um arco-íris no verão.

Quando o Sol desaparecia no horizonte,
a Lua sorrateiramente apresentava-se
e todo o ar parecia ser feito de flores,
vi ao longe minha vida esvaindo-se.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Deus,
Te peço, que quando eu morrer
meu espírito não vá nem para o céu
e muito menos para um inferno.
Quero ficar sobre o mar,
sentindo o vai e vêm das ondas,
recebendo a brisa marítima e até mesmo
as tempestades.
Não quero que minha alma fique estável,
como os querubins das catedrais,e nem
desejo ser perfeito, a perfeição cansa os mortais.
E por último, nada te peço.
Agora agradeço-o.

Alucinações

  Numa noite fria
de um lugar noturno,
sobre o imenso frio
gélido,branco,impuro.
Cansado pende a mão,
e é todo, e é inteiro.
Sobe em contramão
caíndo, louco em vão,
cantando as desgraças.
Sou parte, fração,
canto descabido.
Sou trave,porta,portão.
Nunca vou, sou chão,
sou base,sou casa, casarão!
Meio a contragosto
Deus observa-me do alto
e cria comentários maldosos.
Triste é o fim da morte,
uma abstração simplória,
como uma puta banalizada
remoendo seu destino
impróprio, pátrio e defectível.