sábado, 31 de outubro de 2009

Estrelas

Existem momentos que percebemos as nossas vivências como
as mais importantes. São tolos momentos estes.
Não observamos há grandiosidade do viver e do universo,
não percebemos que a vivência do outro, seja o outro gente,
bicho ou estrela é essencial para nossa existência.
Como a noite some frente a luminosidade da estrela de brilho
natural, a relação egocêntrica dispersa-se com a iluminação
daquilo que não nos pertence.
São loucos os que não dialogam com os astros do firmamento,
mas ainda aqueles que não sentem a vida pulsar nestes mesmos
astros generosos.
A escuridão também é nossa, aceitemos tudo o que nos pertence,
as sombras fazem-se tão necessárias quanto as cores e as luzes.
Enfrentemos as nuvens espessas de névoa e prantos, acolheis a
dor, o vento frio, o amor e a presença do estranho.
Somente assim as estátuas e as lâmpadas serão destruídas e
um novo dia surgirá.

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